sexta-feira, 4 de junho de 2010

Está aí alguém?


Respira, she says. Não há nada que te traga aqui. O mundo parou porque precisava de ti, e tu fugiste. Já nem ele te encontra. No teu corpo pesam cicatrizes, peles que já não são tuas. O cansaço mantem sobre ti uma pressão que te tem comandado o dia-a-dia. A gravidade trata do teu movimento. A pressão do teu pensamento. A decomposição do teu corpo. O íman intensifica a cada dia e lá estás tu, vítima do magnetismo, a cumprir o teu caminho. Aquele que tu escolheste, certo? “Claro que sim”. Estás cansada. Precisas de arrancar a pele, trocar a ordem dos tecidos, acresrcentar ácidos ao teu sangue, substituir orgãos e enrolar circuitos. Espera. Vamos voltar atrás.
O que te mantem original? Eu, os meus sonhos, os meus ideais. Quero salvar o mundo, o planeta azul. Quero salvar vidas, salvar almas, salvar cães, salvar a terra, salvar a água, salvar a música, salvar a arte, salvar o tempo, salvar as lágrimas, salvar a criatividade, salvar a essência, salvar um coração, salvar um palco, salvar uma palavra, uma mente, uma expressão. Deem-me um bisturi. Quero salvar-vos e contagiar, contagiar, contagiar, CONTAGIAR. Aposto que todos ficariam salvos da demência em que se encontra o mundo. Vou-me mexer. Vou sair daqui. Arregaçar as mangas, é tempo de começar. Quem vem comigo? Free hugs, ok vamos acelerar isto. Eu é que digo quando começa. Começa agora.
(Deja vú) Para quê? Para quê o suor, o esforço, a limpeza desta alma que queria ser duplicada, triplicada, multiplicada. Vezes mil. Vezes argumento de ângulo obtuso na forma trigno(céptica) de um número (bastante) complexo. Fugiste, nada te resta. E agora, és só tu. TU. Objectivo de vida: salvar. Quem? Alguém. Porquê? É o meu caminho. Quem? -me. Porquê? Sou a maior vítima de mim. Preciso estar comigo. CUMPRIDO. Era uma vez uma mulher simpática.

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